Hoje
somos uma máquina onde somente a produção é importante. Nem sempre foi assim. As
pessoas produziam para a sobrevivência, viviam à base de trocas. Se eu tinha um
litro de leite e você tinha dez espigas de milho, fazíamos a troca e todos
ficavam felizes. Assim caminhou a humanidade por muito tempo.
Vieram
os artesãos que com suas habilidades construíam objetos e os comercializavam,
muitas vezes ainda à base de troca com objetos necessários para o seu dia a dia
ou alimentos para a sua subsistência.
Todo
esse processo evoluiu e os artesãos e artesãs começaram a trocar seus processos
criativos por ouro, prata e dinheiro.
O
criador ou a criadora do objeto artístico sabia todo o seu processo. Para
melhor exemplificar, imagine o artista criando um jarro de barro para colocar
água ou vinho. Ele pegava o barro, moldava, secava, assava e depois finalizava
com uma pintura e estava pronto para a comercialização.
Chegou
a industrialização. Produção em massa. O operário não tinha noção de todo o
processo produtivo. Com a produção em grande escala, os artesãos perderam
espaço e foram obrigados a serem empregados e produzirem o mesmo jarro, mas
agora somente uma parte do processo.
O
mesmo jarro produzido pelo artesão custa muito mais que o produzido em larga
escala. O empresário ganha muito mais que o artesão. O operário, que um dia foi
artista, ganha muito menos do que se ele produzisse o seu próprio jarro.
Hoje
alguns profissionais estão realizando o processo inverso. Existem pessoas retomando
o artesanal e com isso abrindo um novo comércio, uma nova perspectiva de
negócio: padarias, restaurantes, produtores de hortifrutis e novos artesãos
criando objetos artísticos personalizados.
É
a relação de trabalho em constante movimento. Isso também obriga a evolução das
leis trabalhistas, das relações patrão e empregado. Tudo isso é necessário,
pois o cliente também está em constante evolução e a relação cliente/ produto
mudou, pois estamos na era do cliente 4.0, aquele que deseja ter a experiência
do produto, a satisfação que aquele bem lhe dará.
Nem
sempre a produção em larga escala será a melhor opção e nem sempre o
personalizado também. Quem administra deve ficar bem informado sobre o que
acontece à sua volta para saber dar o passo correto e certeiro.
Jorge Alberto Françóia - RA 151976
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